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1.0 CONCEITUAIS DE DUNAS E MONTANHAS NOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS:

 

As formas orgânicas são inspiradas nas formas da natureza com curvas e traços que dão a impressão de movimento, diferentemente das formas retas que dão impressão de estáticas.

É uma proposta diferente, que consagrou o famoso arquiteto Oscar Niemeyer e está invadindo a arquitetura contemporânea e a decoração de interiores, criando um estilo moderno, elegante e inovador.

“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.” diz o famoso arquiteto Oscar Niemeyer.

Na Natureza quase não vemos linhas realmente retas. Os desenhos das folhas, das flores, dos troncos das árvores e corpos dos animais, do percurso de rios e das margens dos lagos, das montanhas, das dunas e até das ondas do mar e das nuvens são sempre combinações de curvas. É por isso que curvas mais livres nos remetem a algo mais natural, aconchegante e suave, algo mais real.

Quando estilizamos um pouco essas curvas e as transformamos em linhas sinuosas e mais controladas, continuamos transmitindo a sensação de movimento e liberdade, mas adicionamos um quê de artificial, de humano. Nosso olhar continua escorregando sobre essas ondas de uma forma suave, mas agora com um pouco mais de controle. Um efeito que lembra o que vimos dos ângulos retos em comparação aos cantos arredondados. Essas curvas trazem sensualidade para um ambiente mais sóbrio.

O auge desse controle é o círculo, uma forma geométrica perfeita e simétrica, racional, mas que ao mesmo tempo simboliza um movimento infinito, o sol, os ciclos do tempo, da vida e dos astros. O uso de círculos na decoração promove essa fluidez, mas ao mesmo tempo, mantém um link com a racionalidade e com a perfeição.

Dessa forma a combinação das curvas na construção civil simboliza harmonia, pureza e leveza, remetendo a elementos da própria natureza como as montanhas e as dunas.

 

2.0 PROJETO: SANAA – ROLEX LEARNING CENTER.

Figura 01: Rolex Learning Center.

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Fonte: http://www.laufen.co.at/en/references/public-and-semipublic/ref_rolex

2.1 FICHA TÉCNICA:

 

Arquitetos: Kazuyo Sejima + Ryue Nishizawa

Local: Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne

Cliente: EPFL Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne

Ano: 2004

Área construída: 20.000 m²

Tipo de projeto: Educacional

Status: Construído

Materialidade: Vidro

Estrutura: Concreto e Aço

Localização: Lausanne, Suíça

Implantação no terreno: Isolado

Arquitetura: SANAA

Construção: 2007-2009

Inauguração: 22 de Fevereiro de 2010

Equipe: Yumiko Yamada, Rikiya Yamamoto, Osamu Kato, Naoto Noguchi, Mizuko Kaji, Takayuki Hasegawa, Louis-Antoine Grego

Figura 02: A dupla de arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa.

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Fonte: http://arquitecturatallercuatro.blogspot.com.br/2013/04/sejima-ryue-nishizawa.html

2.2 CONHECIMENTOS SOBRE O PROJETO:

Inaugurada em 2010, o Rolex Learning Center, na Suíça, é um brilhante projeto do escritório Sanaa. Por mais de 15 anos, os arquitetos Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa têm trabalhado juntos, no que chamam de parceria colaborativa: o SANAA, onde é praticamente impossível decifrar qual indivíduo é responsável por qual aspecto de um projeto. Cada edifício é, em última análise, uma obra que vem da união de suas mentes. Juntos, eles produziram grandes encomendas, como o O-Museum, em Nagano, e o 21st Century Museum of Contemporary Art, em Kanazawa (ambos no Japão), o Glass Pavilion no Toledo Museu (EUA), o De Kunstline Theater and Cultural Center (Almere, Países Baixos), o New Museum of Contemporary Art (New York, EUA) e o recente Rolex Learning Center (Lausanne, Suíça), onde venceu a concorrência com outros quatro prêmios Pritzker e criou um prédio que só de ver dá vontade de voltar a estudar.

Desde o milênio, da Escola Politécnica Federal de Lausanne estava procurando um lugar para se estabelecer uma ligação entre os estudantes, professores e pesquisadores. Um espaço de trabalho, de partilha e de aprendizagem, mas também um espaço público onde a ciência e convivem todos os dias.

Estes foram o concurso recebeu muitas propostas. Em uma época em que a tecnologia da informação está transformando a paisagem intelectual esbater as fronteiras entre diferentes disciplinas, o projeto de SANAA faz o mesmo entre interior e exterior paisagem, os alunos e os próprios cidadãos, entre trabalho e lazer.

Figura 03: Conceitual curvilíneo.

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Fonte : http://archrecord.construction.com/projects/portfolio/archives/1006Rolex_Learning_Center/slide.asp?slide=4

2.3 LOCALIZAÇÃO E ÁREA CONSTRUÍDA:

Construído no campus da EPFL Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne, o Centro de aprendizado Rolex funcionará como um laboratório para a aprendizagem, uma biblioteca com 500 mil volumes e um centro cultural internacional para EPFL, aberto a estudantes e ao público. São 37.000 m2 de praticamente nada. O que poderia parecer um grande luxo na medida em que não economiza nenhum centímetro construído, tornou-se o coração da universidade, acolhendo com generosidade atividades primárias dos estudantes: um canto para leitura, pufes para namorar e estar com amigos, uma pequena mesa para reuniões, uma biblioteca para novas ideias, um auditório para palestras e uma lanchonete.

Figura 04 : 1º Croqui.

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Fonte: http://compo3t.blogspot.com.br/2013/04/rolex-center.html

Figura 05:2º Croqui.

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Fonte: http://arpc167.epfl.ch/alice/WP_2011_S3/koessler/tag/rolex-learning-center

Figura 06: Planta.

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Fonte: http://compo3t.blogspot.com.br/2013/04/rolex-center.html

A planta é um retângulo 166×121 metros organizados de curvilíneos pátios que iluminam o interior e promovem a separação interior-exterior. As distâncias relativas entre os tribunais e as vedações de espaços diferentes se tornam usos naturalmente de espaços como biblioteca, livraria, restaurante, escritórios, espaços de trabalho, espaços de relacionamento, etc.

Figura 07: 1º Corte.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figura 08: 2ºCorte.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figura 09: 3º Corte.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figura 10: Organograma do Projeto .

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figura 11: Forma da vista aérea.

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Fonte: http://www.funimag.com/photoblog/index.php/tag/sanaa/

Figura 12: Vista aérea e entorno.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figuras 13 e 14: Maquete.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

2.4 DESCRIÇÕES DA CONSTRUÇÃO:

 

A construção abre um clarão e destaca-se em meio aos demais prédios, dando origem a uma nova paisagem: o andar térreo, que se ondula como uma delicada montanha, cria uma topografia de concreto que é, ao mesmo tempo, a cobertura do vazio externo, uma espécie de marquise, e o piso do interior.

Figura 15: Inicio da Construção.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figura 16: Construção das curvas.

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Fonte: http://archidialog.com/tag/rolex-learning-center/

É um edifício altamente inovador, com declives suaves e terraços, ondulantes em torno de uma série de pátios internos, com suportes quase invisíveis para seu complexo telhado curvo, o que exigiu completamente novos métodos de construção.

Figuras 17 e 18:  Pátios internos.

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Fonte: http://www.evermotion.org/vbulletin/showthread.php?86278-SANAA-rolex-learning-center

Tudo ali impressiona, embora seja um edifício cuja vocação é se esconder, sumir. É um espaço contínuo, fluente como ondas que se conectam, sem andares. Existe uma única entrada, no centro do prédio. Não há desvios, escadas, corrimões, rodapés, pisos diferentes, juntas no chão. Nos 20 mil metros quadrados de área construída há muitos vidros e subidas e descidas sutis, que funcionam também como isolamento acústico. Tudo é transparente e calmo.

Figura 19: Visão externa.

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Fonte: http://www.e-architect.co.uk/switzerland/rolex-learning-center

Figura 20 : Curva externa 1.

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Fonte: http://www.bih.co.bw/facilities.php?id=1

Figura 21:  Curva externa 2.

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Fonte: http://www.archdaily.com/50235/rolex-learning-center-sanaa/

Figura 22: Parte interna 1.

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Fonte: http://www.e-architect.co.uk/switzerland/rolex-learning-center

Com poucas vigas de suporte aparente a obra se conceitua no movimento do chão (que toca sutilmente o terreno) e o teto sempre em paralelos e com formas orgânicas que possibilitam este movimento.  As inclinações da construção indiciam que os usuários se direcionem para uma saída central, possibilitando uma circulação uniforme dentro do prédio.

Figuras 23 e 24: Parte interna 2.

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Fonte: http://www.archdaily.com/50235/rolex-learning-center-sanaa/

Figuras 25 e 26: Parte interna 3.

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Fonte: http://www.archdaily.com/53536/rolex-learning-center-sanaa-by-iwan-baan/

Através das mudanças de altura que são criados as zonas de silêncio que toda biblioteca que se preze tem e por esse dispositivo a falta de barreiras físicas torna o ambiente mais ventilado e agradável e cria espaços grandes e versáteis para vários tipos de atividades além do estudo, como discussões, exposições, performances entre outras.  E apesar destes espaços a biblioteca ainda possui uma série de espaços mais reservados, como “bolhas” de parede de vidro opaco que permite usuários se encontrarem e trabalharem reunidos, com mais privacidade.

Figuras 27 e 28: Parte interna 4.

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http://www.archdaily.com/53536/rolex-learning-center-sanaa-by-iwan-baan/

2.5 IDEIAS INOVADORAS E ECOLÓGICAS:

A dupla japonesa pensou ainda em estreitar laços com a ecologia. Quando está frio, a água do lago Genebra, em frente, é aquecida e passa por dutos sob o chão, equilibrando a temperatura do espaço. Quando está calor, as janelas são abertas, a água é resfriada e ajuda a adequar o ambiente.

Figura 29 e 30 : Auditórios.

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Fonte: http://www.vitra.com/en-pl/content/epfl

A sensação, e o que empolga nessa arquitetura, é o fato de que o prédio parece arrefecer o ânimo competitivo entre os alunos. As curvas, a luz e a harmonia da construção sugerem, quase obrigam o convívio entre todos.

Figuras 31 e 32: ambientes de estudo.

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Fonte: http://www.mimdap.org/?p=123027

Figuras 33 e 34: Passagem dos estudantes e socialização 1.

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Fonte:http://archrecord.construction.com/projects/portfolio/archives/1006Rolex_Learning_Center/slide.asp?slide=5

Figuras 35 e 36: Passagem dos estudantes e socialização 2.

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http://www.archdaily.com/161853/rolex-learning-center-photographic-project-johann-watzke-anne-fanny-cotting-aurelie-mindel-of-epfl/  http://www.archicentral.com/rolex-learning-center-lausanne-switzerland-sanaa-

 

3.0 PROJETO: IGREJA DA PAMPULHA OSCAR NIEMEYER

Figura 37: Igreja da Pampulha.

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Fonte:/www.archdaily.com.br/br/01-83469/classicos-da-arquitetura-igreja-da-pampulha-oscar-niemeyer/50b6a404b3fc4b7c9900004e

3.1 FICHA TÉCNICA:

 

Arquiteto: Oscar Niemeyer.

Local: Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3000 – Pampulha, Belo Horizonte.

Cliente: Prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek.

Ano: 1943.

Área construída: informação não encontrada.

Tipo de projeto: Religioso.

Status: Construído.

Materialidade: Concreto Armado.

Construção: 1943.

Figura 38: Arquiteto Oscar Niemeyer.

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Fonte: http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?tag=oscar-niemeyer

Figura 39: Conceitual de dunas e montanhas.

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Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/lighting_design/ld-studio-luminotecnica-de-12-12-2005

3.2 A IGREJA:

 

A Igreja de São Francisco de Assis, projetada pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurada em 1943, é parte do projeto arquitetônico da Pampulha encomendado pelo prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Este conjunto é um marco da arquitetura moderna no Brasil e no mundo, abrigando vários ícones do modernismo brasileiro. Além disso, as placas de trânsito que apontam o caminho para Belo Horizonte, aparece na forma da Igreja, que acabou como o símbolo da cidade.

Sendo uma das primeiras obras do arquiteto, com a qual ele ganhou reconhecimento em todo o país, Niemeyer encontrou a oportunidade de desafiar a monotonia que rodeava a arquitetura contemporânea, aproveitando-se da liberdade plástica que o concreto permite, dando início a sua arquitetura de curvas que o caracteriza até hoje.

Figura 40: croqui.

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Fonte: https://arquitetandorotas.wordpress.com/2013/01/28/o-que-fazer-em-belo-horizonte-parte-2-a-rota-niemeyer/

Figura 41: 2º Croqui.

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Fonte:/allexincasa.ig.com.br/2008/12/

Figura 42: Planta e organograma.

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Fonte:http://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/09/igreja-sao-francisco-de-assis-igreja-da.html

Figura 43: 1º Corte

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Fonte:http://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/09/igreja-sao-francisco-de-assis-igreja-da.html

Figura 44: 2º Corte.

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Fonte:https://marcosocosta.wordpress.com/2011/07/31/a-igreja-da-pampulha/

Figura 45: Planta, cortes e elevações.

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Fonte: http://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/09/igreja-sao-francisco-de-assis-igreja-da.html

3.3 A PAMPULHA, UM NOVO BAIRRO PARA BELO HORIZONTE:

A Pampulha, projeto de iniciativa governamental, da prefeitura de Juscelino Kubitscheck, e tinha como objetivo a criação de “um bairro novo para Belo Horizonte. Oscar por sua vez, fora o arquiteto chamado a criar o complexo devido ao contato que obtivera com as autoridades governamentais em virtude de seu projeto do Hotel de Ouro Preto. Com um programa que previa cinco edifícios, um cassino, um clube, um salão de danças, uma Igreja e um hotel de férias, Pampulha fora criada para ser um local de férias de luxo (ali está também a residência de JK projetada por Niemeyer). Assim, Niemeyer revela através da sua decisão em projetar Pampulha, mesmo possuindo posição política de esquerda, que não via a arquitetura como ferramenta de instituição de uma ordem social, política e econômica (oposição a Le Corbusier), acreditava que devia sim estar o arquiteto engajado com os problemas e programas sociais, mas que a arquitetura é, assim como outros vertentes sociais, fruto da sociedade e não determinante desta. Assim, as obras de Pampulha marcam o início de uma nova fase da arquitetura de Niemeyer, o estilo que o consagrou nacional e internacionalmente.

A igreja projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada em 1943 é parte do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, conjunto que abriga diversos ícones modernismo brasileiro, que ao mesmo tempo são cartões postais da cidade de Belo Horizonte.

Figura 46: Construção da igreja 1.

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Fonte: http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/arte-livros/2013/10/31/noticia_arte_e_livros,147983/pampulha-um-patrimonio-da-humanidade-reune-fotografias-historicas-d.shtml

Figura 47: Construção da igreja 2.

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Fonte: http://estudio4tecnologia.blogspot.com.br/2012/09/igreja-sao-francisco-de-assis-igreja-da.html

Figura 48: Localização 1.

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Fonte: http://www.sobracilmg.org/congresso/local.php

Figura 49: Endereço da igreja.

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Fonte: Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3000 – Pampulha

3.4 CONHECIMENTOS SOBRE A IGREJA:

Com linhas arrojadas, apresenta mosaicos nas laterais da nave. Seu interior abriga a Via Sacra constituída por 14 painéis de Portinari. Além dos cartões que serviram para a confecção dos 4.400 azulejos que decoram a fachada (detalhe na foto acima), sendo o conjunto considerado a sua obra mais significativa. A Igreja só foi consagrada em 1959, pois foi rejeitada pelo arcebispo de BH, Dom Cabral, devido a sua arquitetura. Devido a má execução da obra e falta de uso, em 1947, já foram detectados problemas de conservação. Em vista disto, Lucio Costa irá solicitar em 8 de outubro de 1947, o tombamento “preventivo” da Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha em Belo Horizonte – MG, “considerando o estado de ruína precoce em que se encontra” (…) “devido a certos defeitos de construção e ao abandono a que foi relegado esse edifício pelas autoridades municipais e eclesiásticas”. Em 1º de dezembro de

1947 a Igreja e suas obras de arte foram inscritas no Livro de Tombo das Belas Artes do Serviço do Patrimônio Artístico e Nacional, que segundo PESSÔA (1999) talvez tenha sido o primeiro tombamento no mundo de um edifício representante da arquitetura moderna. O reconhecimento como espaço religioso e uso pela sociedade mineira só ocorreu em 1959. Entre os anos de 1954, 1957, 1980 e 1989/1992 a Igreja passou por várias obras de recuperação e por ultimo após um detalhado estudo e diagnostico foram realizadas as ultimas obras de restauro entre 2004 e 2005. A Pampulha fora tombada junto ao IEPHA em 1979, mas até aí muitas intervenções foram feitas nos edifícios para adequá-los aos seus novos usos. A proibição do jogo no Brasil, a contaminação da lagoa por parasitas, o rompimento da comporta da barragem diminuindo o nível d’água, e a falta de manutenção foram outros fatores responsáveis pelas descaracterizações presentes hoje nos edifícios, a situação só não é pior em virtude das valorosas iniciativas de restauração.

Figura 50: Vista 1 da igreja.

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Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/lighting_design/ld-studio-luminotecnica-de-12-12-2005

Figura 51: Vista 2 da igreja.

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Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/lighting_design/ld-studio-luminotecnica-de-12-12-2005

Figura 52: Vista 3 da igreja.

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Fonte: http://arcoweb.com.br/projetodesign/lighting_design/ld-studio-luminotecnica-de-12-12-2005

3.5 DETALHES DA IGREJA:

 

Como previamente citado, o nome da igreja faz referência a São Francisco. As construções barrocas franciscanas se notabilizam, entre outros elementos típicos, pelos azulejos portugueses, vistos também com menos frequência em templos e conventos carmelitas. E eis aqui sua genial releitura feita por um dos grandes mestres do modernismo brasileiro: Cândido Portinari. Os azulejos que ornam o interior e o exterior da construção se apresentam como um dos elementos que mais atribuem identidade à Igreja da Pampulha.

Figura 53: Azulejos de Portinari na fachada.

Fonte: http://portalarquitetonico.com.br/igreja-da-pampulha/

Note-se que esses fortes elementos decorativos estão presentes também nos degraus que podem ser vistos nas duas laterais da nave principal. Aliás, esses desníveis não são por acaso: a diferença de nível é um desses elementos que caracterizam as igrejas barrocas.

Figura 54: Degrau ornamentado com azulejos, e na parede gravuras de Paulo Werneck (Foto: Felipe Rizzon)

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Fonte: http://pente-fino.info/wp-content/uploads/2012/06/pampulha-051.jpg

Figura 55: Detalhe de azulejo de Portinari no interior da igreja, representando São Francisco de Assis.

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Fonte: http://pente-fino.info/wp-content/uploads/2012/06/pampulha-051.jpg

O espaço destinado aos fiéis fica sempre abaixo daqueles espaços destinados ao altar principal e aos altares laterais. Na Igreja da Pampulha essa diferença foi trabalhada de forma sutil nas laterais da nave principal e de forma bastante pronunciada (apresentando inclusive degraus) quando delimita o altar principal.

A maneira como o altar principal se impõe dentro da igreja, com o mural de Portinari, também faz notar a relação que o texto propõe. Sua forma arqueada e relativamente simples chega a remeter fortemente ao singular retábulo-mór da Igreja Matriz da Sé de Mariana-MG, embora não haja a referência direta no projeto.

Figura 56: Detalhe do coro da igreja.

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Fonte: http://pente-fino.info/wp-content/uploads/2012/06/pampulha-051.jpg

Não é possível que se escreva sobre a Igreja da Pampulha sem falar da incrível escada torça que leva ao coro. Sua forma ousada explora mais uma vez as propriedades do concreto armado – note-se que ela se apoia somente na laje do coro e no piso térreo.

Figura 57: Escada que sobe para o coro.

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Fonte: http://pente-fino.info/wp-content/uploads/2012/06/pampulha-051.jpg

Mesmo com toda a sensibilidade e o cuidado na releitura dos elementos que caracterizam as tradicionais igrejas barrocas, Niemeyer não viu logo de cara sua igreja ser igreja. Isso porque o arcebispado não permitiu que fossem realizados cultos no local por quatorze anos, por crer que a forma da edificação vai contra as tradições da igreja. Assim, o monumento ficou sem sua função original até 1957, quando foi finalmente aberta para cultos.

Figura 58: Altar da Igreja da Pampulha.

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Fonte: http://portalarquitetonico.com.br/igreja-da-pampulha/

Figuras 59 e 60: Interior da igreja 1

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Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=294539

Figura 61: Igreja da Pampulha em seu interior.

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Fonte: https://ummundonovoemqualquerlugar.files.wordpress.com/2015/01/igreja_sao_francisco_assis_02.jp

3.6 RESTAURAÇÃO / REFORMA:

 

Entre 2004 e 2005, a Fundação Roberto Marinho patrocinou as obras para a restauração da Igreja de São Francisco de Assis, no valor de R$1,8 milhão. As obras consistiram na recuperação da cobertura da nave da igreja, possivelmente danificada pela queda do revestimento e devido ao “comprometimento do concreto armado, já que não foram construídas as três juntas de dilatação projetadas originalmente pelo engenheiro calculista Joaquim Cardoso”15, que diante do erro previu que no futuro a movimentação do concreto armado viria a provocar rachaduras em sua estrutura. Problema que realmente ocorreu em 1980. À época, foi realizada uma obra para sanar o problema, mas “o material utilizado no revestimento provocou novas rachaduras, que apareceram em menos tempo.”

Para solucionar o problema, durante a reforma patrocinada pela Fundação Roberto Marinho, foi aberta uma junta, e tratadas outras duas abertas na intervenção de 1980, com a instalação de uma estrutura de metal recheada com neoprene, em substituição ao material utilizado em 1980.

A restauração ainda contemplou a troca das pastilhas azuis da nave, excluindo-se as do mosaico de Paulo Werneck, que se manteve com as pastilhas originais. Foi realizada a limpeza e higienização dos quadros da Via Sacra de Portinari, entre outros trabalhos.

Mas a intervenção não se limitou a conservação do espaço. Foram construídos dois banheiros – a igrejinha contava apenas com um-, uma copa e depósitos. “A Capela do Santíssimo, onde fica o sacrário, recebeu novos lambris, bancos, e até o altar foi substituído.” 17 No paisagismo foram recuperados os desenhos originais dos jardins de Burle Marx. A iluminação da igreja recebeu um projeto especial de Mônica Lobo, que “valorizou o interior da igreja e destacou ainda mais as formas arredondadas do trabalho de Niemeyer.”18 O projeto foi premiado com o International Association for Lighting Design e com o International Illumination Design.

Com o apoio do projeto Portinari, a Fundação Roberto Marinho também promoveu cursos de capacitação e oficinas para estudantes e professores de Belo Horizonte. As atividades desenvolvidas buscaram a partir da construção da Pampulha tratar da História da arquitetura e do Brasil. Foram realizados ainda, uma exposição pautada nas intervenções dos diversos artistas que contribuíram com a construção do templo da Pampulha, além do seminário “Pampulha: por uma arquitetura brasileira”.

Em 2012, a prefeitura de Belo Horizonte lançou a candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha ao título de Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Para realizar melhorias estruturais no conjunto, de modo a contribuir com a sua candidatura, foi instituída a Comissão de Acompanhamento e Gestão do Programa Declaração da Pampulha Patrimônio da Humanidade, responsável pelo diagnóstico e execução das ações de recuperação do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

Dentre as ações a serem realizadas, é prevista a restauração do teto e infiltrações na Igreja de São Francisco de Assis, e a implantação do projeto de acessibilidade na praça atrás da igreja.

3.7 CURIOSIDADES:

 

Oscar Niemeyer projetou uns cem números de igrejas, tanto que chegou a lançar um livro reunindo somente seus projetos de cunho religioso. A Igreja da Pampulha, contudo, continua a se destacar, uma das principais obras do arquiteto. Nesse projeto é possível ver arrojo estrutural, referências históricas, além da brilhante contribuição de Cândido Portinari, Alfredo Ceschiatti, Burle Marx e Paulo Werneck.

3.8 ATUALMENTE NA PAMPULHA:

 

O Cassino é hoje o Museu de Arte da Pampulha, após ser restaurante e bar a casa do Baile é hoje Centro Cultural, o Iate Clube foi entregue à iniciativa privada, o Golfe Club foi incorporado ao Jardim Zoológico, o Teatro Municipal e o Hotel de Lazer tiveram suas construções interrompidas. Somente a Capela mantém hoje a função para qual fora criada.

4.0 PROJETO: HEYDAR ALIYEV CENTER / ZAHA HADID ARCHITECTS

Figura 62: Heydar Aliyev Center.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

4.1 FICHA TÉCNICA:

 

Arquitetos: Zaha Hadid Architects

Localização: Baku, Azerbaijão

projeto: Zaha Hadid, Patrik Schumacher

Projeto Designer e arquiteto: Saffet Kaya Bekiroglu

Equipe do Projeto: Sara Sheikh Akbari, Shiqi Li, Phil Soo Kim, Marc Boles, Yelda Gin, Liat Muller, Deniz Manisali, Lillie Liu, José Lemos, Simone Fuchs, Jose Ramon Tramoyeres, Yu Du, Tahmina Parvin, Erhan Patat, Fadi Mansour , Jaime Bartolome, Josef Glas, Michael Grau, Deepti Zachariah, Ceyhun Baskin, Daniel Widrig, Murat Mutlu e agradecimento especial a Charles Walker

Cliente: A República do Azerbaijão

Área: 101.801,0 m²

2007 – 2012

Site: 111,292 m2

Pegada: 15,514m2

Tipo de projeto: Cultural.

Materialidade: Concreto.

Endereço: Heydar Aliyev Avenue, Baku, AZ1033 , Azerbaijão

Ruas/Avenidas que o cercam: Hasanoghlu, Montin, Rua K. Rahimov

Figura 63: O entorno.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

A partir do arquiteto. Como parte da antiga União Soviética, o urbanismo e arquitetura de Baku, capital do Azerbaijão, na costa ocidental do Mar Cáspio, foi fortemente influenciado pelo planejamento da época. Desde a sua independência, em 1991, o Azerbaijão tem investido fortemente na modernização e desenvolvimento da infraestrutura e arquitetura de Baku, a partir de seu legado de normativo Modernismo Soviético.

Figura 64: Implantação + Corte.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 65: Planta do térreo.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 66: Planta do primeiro pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 67: Planta do segundo pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 68: Planta do terceiro pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 69: Planta do quarto pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 70: Planta do quinto pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 71: Planta do sexto pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 72: Planta do sétimo pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 73: Planta do oitavo pavimento.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-

Figura 74: Corte A-A.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 75: Corte D-D.

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Figura 76: Corte E-E.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 77: Corte G-G.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Figura 78: Fachada com conceitual curvilíneo, remetendo-se a curvas e montanhas.

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Zaha Hadid Architects foi apontado como arquitetos de concepção do Heydar Aliyev Centro sequência de um concurso em 2007. O Center, projetado para se tornar o edifício principal para programas culturais da nação, rompe a partir da arquitetura soviética rígida e muitas vezes monumental que é tão prevalente em Baku, aspirante em vez de expressar a sensibilidade da cultura Azeri e o otimismo de uma nação que olha para o futuro.

Figura 79: Construção.

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Fonte: http://www.engenhariacivil.com/imagem-do-dia-construcao-do-centro-cultural-heydar-aliyev-em-baku

Figura 80 :Vista 1.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

4.2 CONCEITO DE DESIGN:

 

O design do Heydar Aliyev Centro estabelece, uma relação fluida contínua entre sua praça circundante e interior do edifício. A praça, como a superfície do solo; acessíveis a todos como parte da malha urbana de Baku, sobe para envolver um espaço interior igualmente público e definir uma sequência de espaços de eventos dedicados à celebração coletiva da cultura Azeri contemporânea e tradicional. Formações elaborados, como ondulações, bifurcações, dobras, e inflexões modificar este superfície plana em uma paisagem arquitetônica que realiza uma infinidade de funções: acolher, abraçar, e direcionando os visitantes através de diferentes níveis do interior. Com este gesto, o edifício borra a diferenciação convencional entre objeto arquitetônico e paisagem urbana, construção envelope e praça urbana, figura e fundo, interior e exterior.

Figura 81: Vista 2.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Fluidez em arquitetura não é novo para esta região. Na arquitetura islâmica histórico, linhas, grades, ou sequências de colunas fluir para o infinito como árvores em uma floresta, que estabelece o espaço não-hierárquica. Padrões caligráficos e ornamentais fluxo contínuo de tapetes para paredes, muros de tetos, tetos para cúpulas, estabelecendo relações sem costura e borrar a distinção entre elementos arquitetônicos e do solo que habitam. A nossa intenção era de se relacionar com essa compreensão histórica da arquitetura, e não através do uso de mímica ou uma adesão limitante para a iconografia do passado, mas sim através do desenvolvimento de uma interpretação firmemente contemporânea, refletindo uma compreensão mais matizada. Respondendo à enorme queda topográfico que antigamente dividir o local em dois, o projeto apresenta uma paisagem precisamente terraço que estabelece conexões alternativas e rotas entre a praça pública, construção, e estacionamento subterrâneo. Esta solução evita escavação e aterro adicional, e com êxito converte uma desvantagem inicial do site em uma característica fundamental design.

Figura 82: Vista 3.

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4.3 GEOMETRIA, A ESTRUTURA, A MATERIALIDADE

Um dos elementos, mas desafiadoras mais críticos do projeto foi o desenvolvimento arquitetônico da pele do edifício. A nossa ambição de alcançar uma superfície de modo contínuo que parece homogênea, necessária uma ampla gama de funções diferentes, as lógicas de construção e sistemas técnicos tiveram que ser reunidos e integrados na envolvente do edifício. Computação avançada permitido para o controle contínuo e comunicação dessas complexidades entre os numerosos participantes do projeto.

Figura 83: Vista 4.

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Figura 84: Vista 5.

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Figura 85: Vista 6.

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O Centro Heydar Aliyev principalmente composta por dois sistemas que colaboram: uma estrutura de betão combinado com um sistema de armação espacial. A fim de alcançar os espaços livres de colunas de grande escala que permitem que o visitante experimente a fluidez do interior, elementos estruturais verticais são absorvidos pelo sistema de parede de cortina e envelope. A geometria da superfície especial promove soluções estruturais não convencionais, tais como a introdução de curvas ‘colunas de inicialização’ para alcançar a casca inverso da superfície do solo para o Oeste do edifício, e os ‘encaixar’ afunilamento dos cantilevers que suportam a edifício envelope para o Leste do site.

Figura 86: Parte interna 1.

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Figura 87: Parte interna 2.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

O sistema de armação espacial permitiu a construção de uma estrutura de forma livre e salvo tempo significativa durante o processo de construção, enquanto que a subestrutura foi desenvolvido para incorporar uma relação flexível entre a grelha rígida da armação de espaço e as costuras de revestimento exterior formados livremente. Estas emendas foram obtidos a partir de um processo de racionalização dos complexos de geometria, uso e estética do projeto. Fibra de Vidro Reinforced Concrete (GFRC) e de fibra de vidro Poliéster Reforçado (PRFV) foram escolhidos como materiais de revestimento ideais, pois possibilitam a plasticidade poderosa do projeto do edifício, respondendo às diferentes demandas funcionais relacionadas a uma variedade de situações: plaza, de transição zonas e envelope.

Figura 88: Parte interna 3.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Nesta composição de arquitetura, se a superfície é a música, então as costuras entre os painéis são o ritmo. Numerosos estudos foram realizados sobre a geometria da superfície de racionalizar os painéis mantendo a continuidade ao longo do edifício e da paisagem. As costuras promover uma maior compreensão da escala do projeto. Eles enfatizam a contínua transformação e movimento implícita de sua geometria fluida, oferecendo uma solução pragmática para as questões práticas de construção, tais como fabricação, manuseio, transporte e montagem; e respondendo a questões técnicas, tais como acomodar movimento devido à deflexão, cargas externas, mudança de temperatura, atividade sísmica e carga de vento.

Figura 89: Parte interna 4.

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-154169/centro-heydar-aliyev-zaha-hadid-architects

Para enfatizar a relação contínua entre o exterior do edifício e interior, a iluminação do Heydar Aliyev Center foi muito cuidadosamente considerada. A estratégia de design de iluminação diferencia o dia e noite de leitura do edifício. Durante o dia, o volume do edifício reflecte luz, alterando constantemente a aparência do Centro de acordo com a hora do dia e de visão em perspectiva. O uso de vidro semi-reflexivo dá vislumbres tentadores dentro, despertando a curiosidade sem revelar a trajetória do fluido de espaços dentro. À noite, esse personagem é gradualmente transformado por meio de iluminação que lava a partir do interior para as superfícies exteriores, desdobrando-se a composição formal para revelar o seu conteúdo e manter a fluidez entre interior e exterior.

Como com todo o nosso trabalho, design do Centro Heydar Aliyev evoluíram a partir de nossas investigações e pesquisas da topografia do local e o papel do Centro no âmbito da sua paisagem cultural mais amplo. Ao empregar essas relações articuladas, o projeto está embutido nesse contexto; desdobrando as possibilidades futuras culturais para a nação.

5.0 PROJETO: TEATRO POPULAR OSCAR NIEMEYER.

Figura 90:Teatro popular Oscar Niemeyer.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

5.1 FICHA TÉCNICA:

Arquiteto: Oscar Niemeyer.

Local: Av. Jornalista Rogério Coelho Neto, s/n

Niterói -Rio de Janeiro

Cep : 24020-011

Cliente: prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira

Ano: 1997

Área construída: informação não encontrada.

Tipo de projeto: Cultural.

Status: Construído.

Materialidade: Concreto Armado.

Plateia Formato all stadium com capacidade para 460 pessoas, sendo 433 cadeiras fixas, 5 cadeiras para obesos, 9 espaços destinados para cadeirantes e 13 assentos móveis para seus acompanhantes. Todos os assentos são numerados e os fixos dispostos em 11 fileiras divididas em três blocos.

Formato Italiano, em madeira na cor mogno com duas bocas de cena, sendo uma voltada para área interna do teatro e a outra para Praça do Povo (área externa), além de urdimento, elevador para pessoas com mobilidade reduzida, escada para acesso direto aos camarins, localizados no subsolo, e caixa preta completa.

Iluminação cênica

O sistema instalado é digital com 148 canais simetrizados (96 em operação atualmente), na voltagem de 220v. As 05 varas de luz ficam sobre o palco, sendo todas eletrificadas e capacidade para 300 kg; 4 delas são maquinadas e contrapesadas e 01 fixa (ponte).

Urdimento/varas

O Urdimento é construído em ferro e fica a uma altura de 10,30m do palco, nele estão fixadas 22 varas dispostas com espaçamento de 0,40m com capacidade para carga superior a 300kg, distribuídas da seguinte forma:

Figura 91: Arquiteto Oscar Niemeyer.

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Fonte: http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?tag=oscar-niemeyer

Figura 92: Croqui.

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http://arqvip.com.br/wp-content/uploads/2014/04/teatro-popular-croqui.jpg

Figura 93: Corte.

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http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.095/146

 

5.2 HISTÓRIA

Situado às margens da Baía de Guanabara, o Teatro Popular Oscar Niemeyer abre o Caminho Niemeyer, sendo a primeira de uma série de construções feitas pelo arquiteto, que ligam a Zona Sul ao Centro de Niterói e formam um complexo cultural e turístico da cidade.

Além de ser peça fundamental do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer, especialmente para Niterói, o Teatro Popular também tem um conceito plural, que propõe uma programação que vai além de um teatro, onde é possível o contato com todas as artes, unindo música, fotografia, dança, pintura e teatro em um só lugar.

Construído pela Prefeitura Municipal de Niterói e administrado pela FAN (Fundação de Arte de Niterói), o teatro reabre e volta ao cenário cultural fluminense em grande estilo, sendo o segundo maior teatro de Niterói. ´

Figura 94: Conceitual de dunas e montanhas.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

 

5.3 O CAMINHO NIEMEYER

 

Em 1997, o então prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, pediu ao arquiteto Oscar Niemeyer que projetasse a nova estação das barcas Rio-Niterói. Um pouco antes, em 1996, a cidade já havia inaugurado o Museu de Arte Contemporânea, o MAC. Após o Convite, o próprio Niemeyer sugeriu: “Eu gostaria de fazer algo maior, algo que provocasse um impacto mais forte que uma estação apenas”. Foi então que surgiu a ideia de uma série de construções do arquiteto, que formariam uma espécie de corredor, só com obras de Niemeyer, que se chamaria “Caminho Niemeyer”.

Hoje, essas construções formam o segundo maior conjunto arquitetônico assinado por Niemeyer, depois de Brasília. Além do Teatro Popular, o Caminho também reúne outras seis obras: a Praça Juscelino Kubitschek, o Memorial Roberto Silveira, o Centro Petrobras de Cinema, a Fundação Oscar Niemeyer, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e o Terminal das Barcas de Charitas.

Figura 95: O caminho Niemeyer e a nova face de Niterói.

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http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.095/146

Figura 96:Construções importantes.

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http://fratresinunum.com/2012/12/21/niteroi-novo-arcebispo-retoma-projeto-de-catedral-projetada-por-niemeyer-construcao-sera-homenagem-a-dom-navarro-e-niemeyer/

Figura 97: Caminho Niemeyer.

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http://www.ptniteroi.org/index.php/noticias/noticias-e-informes/item/57-www-centro-niteroi-rj-gov-br/57-www-centro-niteroi-rj-gov-br

Figura 98: Localização.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.phpFigura:

Figura 99:Entorno.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

 

5.4 INSTITUCIONAL

Projetado por Oscar Niemeyer, construído pela Prefeitura Municipal de Niterói e administrado pela FAN (Fundação de Arte de Niterói), o Teatro Popular Oscar Niemeyer possui capacidade para 460 pessoas, distribuídas em 433 cadeiras fixas, sendo 5 cadeiras para obesos, 9 espaços destinados para cadeirantes e 13 assentos móveis para seus acompanhantes. Um bistrô com música ao vivo e um espaço permanente para exposições no foyer inferior, com obras dos mais diversos artistas, são destaques do espaço.

5.5 MISSÃO

Disponibilizar um caminho entre o artista e seu público e contribuir com a formação de plateia.

5.6 VISÃO

Emocionar, educar e estimular criações artísticas através de programações de qualidade.

5.7 VALORES

Arte para o povo e do povo.  Fortalecimento do conceito inspirador do Teatro Popular criado por Niemeyer. Atender com qualidade, aprimorando produtos, processos e pessoas.

Figura 100:Vista1.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 101: Vista 2.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 102: Vista 3.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 103:Vista 4.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 104: Vista 5.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 105:Vista 6.

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Fonte: Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 106: escada caracol.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Uma obra única, com inúmeros detalhes arquitetônicos, assim é o Teatro Popular. O prédio possui uma forma ondulada na cobertura, que vista de cima, lembra o formato das ondas do mar. Com uma genial inovação do arquiteto, em uma infraestrutura única de palco, camarins e recursos técnicos, há um palco reversível, que pode ser utilizado por uma plateia interna ou aberto para uma praça, abrigando espetáculos ao ar livre para até 10 mil pessoas. A fachada do prédio exibe cerâmicas com desenhos de Niemeyer, que mostram formas femininas e fazem uma analogia às curvas do próprio teatro.

Figura 107: Vista 7.

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Na entrada, uma rampa sinuosa convida as pessoas para um passeio pela arquitetura do espaço. No foyer superior, um grande painel revela o lado comunista do arquiteto e retrata uma marcha de trabalhadores do MST. Uma parede colmeia na lateral do prédio, toda em vidro, mantém a luz natural e permite que o público veja a Baía de Guanabara de dentro do teatro. E por último, as cores internas em verde, amarelo, azul e branco, reforçam a presença do patriotismo do artista.

“Um teatro popular é um teatro com a participação do povo, para o povo. Um lugar para se plantar o novo. Minha preocupação na arquitetura é o espanto. É o sujeito chegar e ver que é uma coisa diferente. Quem chega ao teatro vê a ideia de se fazer uma arquitetura mais movimentada. Essa é talvez a obra em que eu fui mais feliz. Você vai subindo… Vai vendo o prédio, vai vendo, e chega na entrada. De modo que a rampa é importante lá como arquitetura. E o teatro é um teatro moderno”, depoimento do próprio Oscar Niemeyer após ver sua obra concluída.

Figura 108: Vista 8.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 109: Vista 9.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 110: Vista 10.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 111: Azulejos decorativos na fachada.

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Figura 112: Desenhos de mulheres nos azulejos da fachada.

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Figura 113: Personagem no azulejo 1.

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Figura 114: Personagem no azulejo 2.

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Figura 115: Palco.

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Em formato Italiano, com 17 metros na frente e 19 metros no fundo, em madeira na cor mogno com duas bocas de cena, sendo uma voltada para área interna do teatro e a outra para Praça do Povo (área externa). Além de urdimento, elevador para pessoas com mobilidade reduzida, escada para acesso direto aos camarins, localizados no subsolo, e caixa preta completa.

Figura 116: Foyer Superior

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Este espaço abriga uma área para exposições permanentes. A cada mês um tema diferente será explorado, por artistas e fotógrafos convidados. Um acervo com cerca de 60 peças ficará disponível em tempo integral, com entrada gratuita.

Em frente ao espaço para exposições fica o Bistrô Imaculada, uma charmosa área, que oferece uma ótima carta de vinhos e música ao vivo, nos mais variados gêneros.

Figura 117: Foyer Superior

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

Na área superior do Teatro fica mais uma obra de Oscar Niemeyer. Em frente à porta de vidro, na entrada do teatro, um grande painel feito pelo arquiteto, retrata uma marcha do MST e lembra o lado comunista do artista. Em frente ao painel uma área coberta que pode abrigar diferentes eventos.

Figura 118: Praça do Povo

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Fonte: http://www.teatropopularoscarniemeyer.art.br/index.php

A Praça do Povo é grande área externa do Teatro, que disponibiliza dois palcos. Um é o palco reversível, que possui a mesma estrutura do palco interno, mas com espaço para eventos de grande porte e outro Palco com estrutura móvel. A Praça do Povo tem capacidade para até 30 mil pessoas.

Desde abril, este espaço tem sido cenário de grandes shows realizados pela Prefeitura de Niterói, no projeto “As quatro estações da música”, que já recebeu artistas como Gilberto Gil e Caetano Veloso.

6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

http://casadaidea.com.br/arquitetura/elementos-design-decor-curvas/

http://minhacasa.abril.com.br/profiles/blogs/formas-org-nicas-curvas-na-arquitetura-e-na-decora-o

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/12/05/oscar-niemeyer-mudou-a-arquitetura-do-mundo-diz-ferreira-gullar.htm#fotoNav=14

http://www.saccaro.com.br/blog/2011/03/21/aula-de-arquitetura

http://glamurama.uol.com.br/cereja-42322/

http://bamboonet.com.br/posts/arquitetura-do-vazio

http://cargocollective.com/joaoferraz/Projecto-Lisp-Rolex-Learning-Center

http://wikiarq.blogspot.com.br/2011/11/sanaa-rolex-learning-center-escola.html

http://www.mimdap.org/?p=123027

http://compo3t.blogspot.com.br/2013/04/rolex-center.html

http://arquitecturatallercuatro.blogspot.com.br/2013/04/sejima-ryue-nishizawa.html

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http://www.archdaily.com.br/br/01-83469/classicos-da-arquitetura-igreja-da-pampulha-oscar-niemeyer/50b6a404b3fc4b7c9900004e

http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/viewFile/12231/7866

https://marcosocosta.wordpress.com/2011/07/31/a-igreja-da-pampulha/

http://www.museuvirtualbrasil.com.br/museu_pampulha/modules/news3/article.php?storyid=14

https://www.google.com.br/maps/place/Heydar+Aliyev+Cultural+Center/@40.3942199,49.8666396,17z/data=!4m2!3m1!1s0x0:0xa8c2cbf267a83fbd

http://en.wikipedia.org/wiki/Heydar_Aliyev_Center

http://www.zaha-hadid.com/architecture/heydar-aliyev-centre/

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